terça-feira, 2 de novembro de 2010

4 Ever

Foi num contra-pé que tu me apanhaste,
Numa corrida para o infinito.
Fugindo ao amor,
Que julgava ser um mito.

Um barco de bem-estar,
Para os mais sonhadores,
Que com os pés nos chão,
Diziam-se voadores.

Mas tu,
Deusa do alem,
Que fazendo-me tão mal,
Fazes-me sentir tão bem.

Que me roubas o coração,
Num sorriso monumental,
Onde eu me revejo,
Como se fosse uma bola de cristal.

Adivinhando um futuro,
Que grita o meu querer.
Contigo e para sempre,
Um futuro desenvolver…

Uma folha a chorar...


Deixei cair uma folha de papel.
Quando a apanhei ela começou a chorar,
E eu que achava que ela não tinha sentimentos,
Toquei-lhe suavemente e pedi-lhe para parar.

Ela assim o fez, pedindo desculpa,
Perguntei a razão de tal choro.
A resposta demorou 3 soluços.
-Fiquei triste com o fim do teu namoro…

Escreves-te com uma lágrima
E não era isso que eu queria,
Desejava dar sorrisos
Como deve ser toda a poesia.

Por favor reescreve o meu corpo,
Como escreveste outros antigamente.
Lembra-te do passado,
Porque não existe presente.

Escreve sobre o futuro,
Que ainda tens de construir.
Para eu não chorar mais,
Dá-me razões para sorrir.

-E assim o fiz…
Escrevi sobre amor e amar,
E nunca mais ouvi
Uma folha a chorar…

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Inocência

Sente,
O quente,
Desta gente,
Que está indiferente
Ao teu espaço.

Está gente,
Que mente
Á tua frente,
E por não que tente,
Não seguem o teu passo.

Porque sentem o pavor,
De terem uma cor,
Mas no incolor
Do amor
Não sobressaem.

E o ardor
Do terror
Da sua dor.
Poderiam pedir por favor,
Mas não o fazem…

Mas tu não…
Tu abres o coração
Eles nunca merecerão
Mas tu esticas-lhes a mão.

E eles não ficam contentes
E roubam-te o braço
E pessoas inocentes
Ficam sem o teu abraço

Como eu…
Que sem abraço teu
Sofro como sofreu…
Romeu…

Duvidas de um sonho


O que vi foi real?
Ou apenas um sonho?
Preciso de uma resposta,
Que não disponho.

Que somos nós afinal?
Namorados ou amantes?
Estas são as perguntas certas?
Ou não são importantes?

Haverá amanhã?
Ou não vale a pena esperar?
Quem sabe…
Se o mundo não vai parar…

Quem lançou o feitiço?
Talvez tu, talvez eu…
Ainda não sofri,
Já alguém sofreu?

Anseio por ti…
Porque será?
Só tenho uma resposta…
Sei lá….

Quadro de Picasso

Por onde quer que vá, existe um quadro que não me sai da cabeça, um quadro em que Picasso se esmerou pintando a perfeição, desenhando um sorriso que encanta e chama a chama do fogo que me arde no peito. Um sorriso cujo os contornos dos lábios se abraçam e gritam por um beijo.
Os olhos são doces como o chocolate, em que o castanho brilha quando neles vejo o meu reflexo.
Mas o cabelo… o cabelo demonstra a personalidade da rapariga do quadro. É um emaranhado de duvidas, paixão, energia, beleza, alegria que me contagia… um cabelo onde cada fio dança ao som do vento e brilha fazendo inveja as estrelas, á Lua e até ao Sol.
E cada traço, cada ponto, cada pormenor do quadro espalha magia na minha cabeça, como o nariz que faz a ligação entre o beijo e o chocolate, as orelhas que se escondem por de trás do emaranhado de fios, como o queixo que é a base do teu sorriso.
Picasso tentou. Picasso esmerou-se. Picasso criou-te conseguindo assim pintar a perfeição.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Menina minha (pai nosso)

Menina minha que estas no céu
Santificada seja a tua beleza
Vem a mim o teu beijo
Seja feita a tua vontade
Para que me leves ao céu.

O amor que me das hoje,
Perdoa-me os meus defeitos
Assim como eu perdoo
A tua perfeição
E não me deixes sozinho
Mas acompanha-me em tudo

Amo-te

Riquinho

Tenho bues moedas de amor
Utilizei umas poucas
Para comprar calor
Agora já quente
Guardei o troco
Para comprar uma voz
Que eu já estou rouco
De gritar
O que sinto
“Amo-te perfeição!”
E sei que não minto
Pois sai-me do coração

Tenho bues moedas de amor
Sem problema monetário
Posso pagar a fiança
De ser um incendiário
Do meu armário
Onde guardei a aliança
A minha jóia, o meu rubi, a minha pedra filosofal
Tu não és ouro
Mas não faz mal
Pois és bem melhor
Perco-me no teu beijo
E não vejo nada em nosso redor
Apenas as chamas
Do amor ardente
Quente
De dois químicos
Que se juntam frequentemente